Arigatô! (Ou seja lá como se escreve isso)

31 de agosto de 2009

Não costumo postar textos para amigos, namorados, família.
Escrevo pra mim mesma, na maioria das vezes.
Mas hoje vou abrir uma exceção.
É só mais um pouco de conversa jogada fora depois de tantas horas jogando conversa fora juntas.
Amiga, faz uma hora mais ou menos que entrei em casa depois de você salvar o meu dia. Estou sem sono.
Tava aqui com as caraminholas da minha cabeça pensando em tuuuudo que conversamos.

Sabe, se, de repente, a gente não tivesse passado pelo que passamos...
Será que a gente estaria melhor?

Uma coisa eu te garanto, eu não teria descoberto a pessoa incrível que você é.
Pela última vez (prometo, rss), obrigada! Ou, mais ao seu estilo, arigatô! haha
Vamos seguir caminhando, tomando nossos capuccinos se for preciso.
É uma forma quentinha, docinha e divertida de enfrentar os problemas!


Repararam que, pela primeira vez nesse blog, um texto não tem tom pessimista?

Wish You Were Here

25 de agosto de 2009

O que você não entende, meu anjo, é que uma única noite com você já me bastaria (ou tarde, ou manhã - a noite aqui é questão de convenção).
Não que já não tenhamos tido nossas noites, mas falo desse agora, desse momento, desses segundos que batem na nossa cara e não dão tempo pra que a gente se recupere.
Eu estou indo embora.
Tenho meus palpites quase certos, mas a verdade é que só Deus sabe quando volto.

Não, não quero te apressar.
Eu entendo o que você está passando. Sempre entendi, mesmo que meu lado egoísta não queira aceitar isso.

Pelas minhas contas e pela nossa disponibilidade nesse momento, ainda vou te ver 9 dias...9. Chutando por cima, eu digo, porque sem cancelar nossos compromissos não nos veremos mais do que 7 dias.
Sete dias até a gente voltar a se encontrar em fevereiro.

O que estava tentando dizer quando comecei a escrever aqui é que eu não quero te ver esses sete ou nove dias, se tiver que te encontrar com a cabeça em outro lugar.
Repito, eu entendo muito bem o que você está passando.
Agora tente me entender.

O que eu quero é você.

De corpo, alma, cabeça e coração.
Não falo de sexo. Sexo é o tipo de coisa que se arruma em qualquer esquina.

Falo de amor.

Eu quero fazer amor com você.

E fazer amor, nesse sentido, não necessariamente envolve o tato, os corpos... Me basta um olhar. Um olhar que me mostre que você só está pensando em mim. Um olhar que dê sentido à aliança que temos entre nós.
Não preciso dos nove dias, entende? Acho que só preciso do seu olhar por um segundo.

Eu te amo, e essa é minha única certeza agora.

Você me fez acreditar que isso daria certo, agora que acredito, quem não pode desistir é você.

Boa noite.

Uma homenagem pra me lembrar do abraço que agora me faz falta

17 de julho de 2009

Normalmente sou bem tranquila, mas me irrito muito quando crio uma expectativa a respeito de uma pessoa e, de repente, me frustro.
Principalmente porque evito criar expectativas.
Quando crio é porque aquela pessoa realmente me surpreendeu em algum momento.
Rezo toda noite pedindo paz, sabedoria... Mas teve dias que rezei pedindo, pra quem quer que estivesse escutando, que me desse menos cabeça e mais atitude de uma criança de 21 anos.
As pessoas olham pra mim esperando que eu seja uma criança... Não seria mal, só pra variar, que tivessem o que esperam.
A partir dos meus 14 anos vivi tanto, tão intensamente, e cometi tantos erros - alguns idiotas, outros sérios - e aprendi tanto com eles que simplesmente me vejo diferente da grande maioria das pessoas da minha idade. Pior. Encontro pessoas mais velhas que são tão inseguras que são dignas de pena.
Sempre me envolvi com pessoas mais velhas. Estou me referindo a relacionamentos amorosos. Um ex namorado costumava me perguntar o motivo disso, e eu sempre dizia que gostava de pessoas com mais cabeça... Mordi a língua, não uma vez, nem duas. O maior exemplo disso é um grande amigo meu, um cara que conheci há mais ou menos 3 anos e por quem já fui muito apaixonada (talvez ainda seja, de certa forma). Ele tem 20 anos, fez há alguns meses, e é mais adulto do que todas as pessoas com quem já me envolvi. Com ele não preciso ser a mãe, a conselheira, sou só eu. Eu mesma.
Toda vez que me frustro com alguém, como aconteceu hoje, fico me perguntando, "Por que não encontro alguém como o Bruno, só pra variar?".
Mas, não. Seria fácil demais e eu ainda tenho bastante abacaxi pra descascar. Só vivi 21 anos... Tenho muito o que aprender. Talvez a errada, a digna de pena, seja eu.
Talvez.
É na possibilidade oposta que me apego para seguir em frente.

Sabe, eu só queria um abraço.

Luz

29 de junho de 2009

Tantas luzinhas, tanto movimento, tanta vida lá fora e eu há cinco horas aqui dentro desse ônibus.
Já li meu Veríssimo, assisti a um filme desses de Sessão da Tarde que insistem em colocar na TV (dublado e com legenda), já ouvi música, e então me peguei pensando na vida com o olhar perdido.
O mundo nos obriga a correr tanto que chega a dar medo de parar pra pensar na gente. Dá medo de perceber que só tenho feito besteiras, porque um erro consciente é muito mais sério que um inocente...
Melhor não pensar.
Confesso meu medo de pensar e pronto!
As luzinhas na janela chamam os meus olhos que lembram à minha mente das minhas atitudes...


Melhor fechar os olhos e dormir.

Medo

26 de maio de 2009

Não sei por onde começar.
Só sei o que sinto.
E nem nome sei dar para essa dor esquisita que agora me toma...
Ciúmes? Não, com certeza não.
Inveja? Acho que não também. Não há o que ser invejado.
O que seria então?
Num momento em que tudo está dando certo, todas as pessoas que amo estão perto de mim, me vem essa sensação terrível de solidão. Sem mais nem menos. Essa carência sem sentido que escondo com tanta facilidade, talvez por prever que sentiria, talvez por já ter sentido tantas vezes que nem mesmo perceba a mentira num primeiro momento.
Eu só quero ser feliz.
Ninguém entende isso.
Já vi pessoas me apontarem como exemplo de alegria, de riso, de otimismo...
Nunca encontrei ninguém que me entendesse de verdade.
Já contei segredos para centenas de rostos, desde a velhinha no ônibus até aqueles que chamo de melhores entre os amigos.
Nunca me abri por inteiro com ninguém. Nem acho que alguém de fato deseje que eu me abra tanto.
Já me apaixonei perdidamente a ponto de dizer que morreria por aquela pessoa.
Nunca me apaixonei por ninguém por quem morreria de verdade.
Já magoei muito algumas pessoas.
Nunca quis magoar ninguém...não...eu quis sim, uma vez. E magoei todos à volta dessa pessoa, menos a própria.

E nunca quis mentir.

Mas tem coisas que simplesmente surgem na minha boca. Palavras que não são minhas, mas são ditas com a minha voz. E quando percebo já falei. Muitas coisas no mundo são mutáveis, podem ser refeitas, mas as palavras... As palavras quando saem da boca não voltam mais, e há sempre ouvidos atentos e dedos esticados em nossa direção.

Eu erro. Erro muito.

Minha principal qualidade, muito mais valiosa que meu sorriso amarelo, é saber disso.

Não me aponte na rua! Não ria de mim! Não se sinta superior ou inferior a mim! Não fale dos meus defeitos sem olhar para o próprio umbigo! Não fale mal da minha família! Não me acorde quando eu estiver dormindo! Não fale mal dos meus amigos! Não me trate como uma criança, pois qualquer pessoa que tiver maturidade suficiente para me tratar dessa forma não o fará justamente por ter maturidade! Não seja ridículo! Não tente me fazer inveja! Não tente me colocar para baixo porque tenho uma base muito sólida e qualquer tentativa nesse sentido será inútil! Não me pergunte “o que eu tenho” quando não estiver sorrindo. Se eu quiser dizer o que tenho já vou chegar contando! Não me deixe só!

Eis que chego o mais próxima possível do que conheço como tristeza. Nada que um abraço inocente de alguém que realmente me ama não resolva.
Procuro em volta, mas não há ninguém.

ET, TELEFONE, CASA!

10 de fevereiro de 2008

Nunca me preocupei com vida fora da Terra, espíritos, etc. As vezes me pego discutindo com alguém sobre esses assuntos, mas são discussões vazias, apenas repetições escrotas do que já ouvi em outros discursos. Não me preocupo por vários motivos: primeiramente porque sei que pensar nisso não vai me trazer qualquer tipo de conhecimento diferente daquele que já possuo (o qual, no caso, pode entender-se como nenhum). Segundamente - e me perdoem essa invenção babaca e sem necessidade - não discuto porque minhas preocupações são outras, muito mais reais, importantes e mesquinhas. Fodam-se os ETs, quero pensar só na minha vida...talvez isso seja um erro...talvez não...foda-se também.
Outro dia eu estava pensando justamente na minha vida, nas minhas vontades. Desde pequena eu tenho uma certa fascinação pela atuação. Eis uma revelação que nunca fiz a ninguém, sempre quis ser atriz. Nunca fui atrás disso, nunca participei sequer de teatros na escola, e não porque eu não tenha talento (penso inclusive que tenho), acho que nunca fui atrás desse sonho por preguiça. Ê, preguiça, que destrói tudo...
É engraçado, acho que essa paixão pelo teatro é tão grande em mim porque sempre tive vontade de ser outra pessoa, alguém importante...acho que só me contentaria comigo mesma se conseguisse fazer algo tão notavelmente importante que as pessoas quisessem, simplesmente, ser eu.
Fama...ser famosa por algo bom e importante. A única coisa que eu queria, no fundo, era morrer e ser lembrada...
Engraçado pensar na morte quando se tem 19 anos...
Enfim, esse papo já está ficando muito louco e sem sentido. Vamos falar de ETs...

ATENÇÃO

27 de janeiro de 2008

TUDO É PERIGOSO
TUDO É DIVINO, MARAVILHOSO

É PRECISO ESTAR ATENTO E FORTE
NÃO TEMOS TEMPO DE TEMER A MORTE

É PRECISO ESTAR ATENTO E FORTE
NÃO TEMOS TEMPO DE TEMER A MORTE

NAO TEMOS TEMPO...

NÃO...

TEMP...

=´(

"Isso não é coisa de Deus, meu filho, é coisa do homem"

16 de janeiro de 2008

- Fala mãe, tudo bem?
- não (choro)
Forte dor no estômago, fraqueza nas pernas, sensação de já ter sentido aquilo antes
- que foi? (minha vó, meu Deus, minha avó!)
- aconteceu uma coisa terrível...
- que foi? (choro)
- um acidente , seu tio
Incompreensão absurda, pessoas sumindo à sua volta, dor no peito, lágrimas
- como aconteceu?
- não sei, vamos passar aí pra te pegar
Deliga o telefone
- O QUE FOI? O QUE FOI?
pessoas voltam a aparecer. Parecem preocupadas, e é só isso que ela sabe sobre essas pessoas...estão preocupadas...será que elas não perceberam como tudo mudou de repente?
- Meu tio...preciso ir pra casa...agora
Um braço muito amigo abraça tentando confortar, mas não consegue.
Ela ainda tem que esperar um tempo pra ir pra casa...pensar na dor torna tudo tão absurdo que ela prefere não pensar.
Quando finalmente chega em casa, as pessoas já sabem do ocorrido.
Ela preferia que eles ficassem em silêncio...pior é ouvir: "ele era tão novo"...ela ainda ouviria isso por alguns meses. E ainda se sentia culpada de ficar tão triste, ela tinha que ser forte, pra ajudar a tia e os primos...a dor dela não era nada perto da deles. Ela nem imaginava o que era a dor deles.
Seus pais chegaram.
Viagem silenciosa.
Os irmãos dormiram, só quando ela também fechou os olhos ouviu o choro do pai...eram como irmãos.
Chegar na cidade dele foi como receber a notícia novamente. Ela nao queria estar ali, ninguém queria.
O filho mais novo chorava.
O filho mais velho não. Tinha febre.
A tia fingia uma força que não tinha. E quem tem?
Demoraram várias horas até que começasse o velório. O caixão ficou aberto por alguns minutos, nem a mulher nem os filhos queriam ver o pai daquele jeito.
Ela viu.
O rosto estava diferente, foi o máximo que conseguiram arrumar.
- Não é meu tio
Fraqueza nas pernas novamente.
E então abraçou alguém que estava perto. Não conseguia rezar. Não conseguia entender. E quem entende?
Chorou, a noite inteira, o dia seguinte inteiro, o mês, o ano inteiro depois. Porque toda vez que ia dormir se lembrava dele, e então entendia que a vida era tão frágil que chegava a ser ridícula.
Desde então ela está doente.
Finge não saber porque.
A doença é o medo da morte, não da própria, mas dos outros.
A doença é o símbolo da fraqueza e incompreensão.
A doença é o ponto fraco dela... e ela não espera que alguém entenda...

Um novo começo

15 de janeiro de 2008

Engraçado me colocar nessa situação.
Qual situação?
De escrevente, livre-pensante...
A impressão que tenho é que talvez as pessoas pensem que eu PENSO que mereço atenção, ou que meus pensamentos merecem atenção, sei lá. Na verdade, estou escrevendo como terapia. Uma tentativa, provavelmente falha, de acabar com a agonia interna que me toma de vez em quando.
E, por que isso é engraçado?
Porque eu já tentei fazer isso uma vez...e não deu certo, claro. Enfim, como diz aquela propaganda do governo, "eu sou brasileira, não desisto nunca" ¬¬
E vamo que vamo!
Não vou usar esse espaço como diário. Não acho que as pessoas devam ou queiram saber da minha vida. De qualquer forma, quem tiver interesse é só perguntar, rss, sou um livro aberto, uma puta de pernas arreganhadas para quem quer saber de mim (esse negócio da puta de pernas arreganhadas é só força de expressão, ok? sem grandes animações, por favor). Claro, para eu me abrir dessa forma precisa ter uma certa amizade, ou uma certa quantidade de álcool no sangue...ou os dois, enfim, vou mudar de assunto.
Voltando ao blog, o que eu pretendo é arrumar idéias que ficam jogadas na minha cabeça. Talvez alguém não entenda uma publicação ou outra, o importante, nesse caso (e me perdoem o egoísmo), é que eu consiga me entender.
Enfim, um novo começo, para o meu blog, para o ano, para a minha vida.
E vamo com fé que vai dar tudo certo :)