Fim

27 de outubro de 2010

Nada.
Foi o que senti ao te olhar entrando pela porta.
De Nada.
Era a minha vontade diante de suas perguntas sobre o meu dia.
Absolutamente Nada.
Foi o que vi nos seus olhos quando disse que não queria mais esperar nada de você.
Assim como nada senti quando você me abraçou, nem vontade de sorrir, nem de chorar, nem mesmo de abraçar, nem nada.
Com os olhos mareados te vi ir embora e cruzar a rua. Microminimalíssima prova de que havia um coração aqui dentro. Rascunho de lágrimas que desapareceu com você na esquina e deu lugar a...nada.
Nadessíssima de nada.
Nada além do vazio deixado pelo Tudo que você tinha sido.

Inspirado num sentimento que vem Do fundo do mar e da alma

5 pitacos:

Anônimo disse...

Como dói não sentir nada às vezes...
Beijo, Má...

Rob Gordon disse...

Doído, hein? Bem doído. Bem vazio. E excelente!

Talvez a vida fosse mais fácil se as pessoas soubessem quando elas são tudo para nós.

Marina disse...

O Rob Gordon colocou o link no twitter e eu entrei sem saber que era o seu blog. Já ia comentar que combinava com o texto que eu publiquei no meu. Haha!

Muito bom, Má. Beijos!

bor disse...

é, minha cara, esse nada é dolorido, porque convive por um tempo com a inutilidade de tudo que sonhamos com o outro. ficamos com os restos de sonhos caindo das mãos... mas também o nada abre espaço para outros sonhos, né? ;)

Natalia Máximo disse...

Estou vendo esse texto só agora, um ano depois, com a sua postagem no twitter. E fico muito, muito feliz que muita coisa tenha mudado para melhor na sua vida. Apesar de não nos conhecermos tão bem quanto eu gostaria, você sempre me passou a sensação de ser uma pessoa que merece tudo de melhor nessa vida!