Tempo perdido

23 de abril de 2013

Falta tempo. Essa é que é a verdade. O dia bem precisava ter umas 30 horas, 35...
Minha vida não é só trabalho, sabia? Eu estudo, resolvo um monte de pepinos da empresa, trabalho em casa depois do serviço, luto boxe e ainda durmo quatro horinhas por noite, senão a coisa não funciona. Ah, eu sei que o senhor vai falar "corta o boxe", mas, olha, sinceramente, se eu parar de socar o saco de pancadas vou acabar socando o Juninho do RH. O senhor sabe que eu não sou violento, mas o Juninho é um filho da... É um... Bom, o Juninho é cricri. Enfim, não estou dizendo que a falta de tempo é culpa do Juninho, ou do senhor, ou da empresa, mas vamos combinar que o cliente também não ajuda. Já falei que levo três dias pra entregar um projeto, mas, mesmo assim, eles me mandam o material hoje pedindo a entrega pra ontem. É humanamente impossível. Tudo bem se fosse só de vez em quando, mas eles nunca dão um prazo decente. Eu tô ficando estressado. E o senhor sabe o que acontece quando eu fico estressado. Primeiro o cérebro avisa o corpo de que precisa dormir mais, de que não quer continuar brincando. Se o corpo não respeita, já viu, o cérebro desliga e eu fico doente e perco uma semana em casa e o trabalho atrasa e... É, eu sei que o senhor vai dizer que é pra isso que serve o plano de saúde que vocês pagam, mas, senhor, acho que mereço um pouco mais de reconhecimento. Se não dá pra mudar esse esquema desumano de trabalho, pelo menos me pague um salário um pouco mais humano. Assim... Com todo o respeito.

Bom, acho que tá bom. Não posso esquecer de fazer essa cara de desesperado que fiz agora pro espelho. Espirrar pode ser uma boa ideia também, assim ele vê que eu tô doente de tanto trabalhar e fica com pena... É, ótimo, vamos lá.

Chefe?
"Hum".
Sobre o projeto de hoje...
"Hum".
Falta tempo. Essa é que é a verdade. O dia bem precisava ter umas 30 horas, 35...
"Se falta tempo, por que você está aqui me dizendo isso e não está trabalhando?"
Ah... É que...
"Detesto esse blablablá de que falta tempo pra tudo."
Mas, senhor, eu... Eu... Ah... Atchim.
"Tem remédio pra gripe no RH. Pede pro Juninho."
Mas, senhor... O que eu queria dizer era importante.
"Então diga."
Eu... Eu...
"Você o quê, rapaz?"
Eu... Sou... Alérgico a esse remédio que tem no RH. Posso ir à farmácia comprar outro?
"Pode, mas vai voando. Tempo é dinheiro, rapaz, tempo é dinheiro!"

A textura dos sonhos

3 de abril de 2013

Trabalho em equipe.
Acho que se fosse definir minha vida, seria desse jeito.
Um bom e belo trabalho em equipe.
Digo isso porque, desde que nasci, me acostumei a não fazer nada sozinha.

Só ir ao banheiro. Ao banheiro eu vou sozinha.

Mas tirando isso, seja nos momentos mais banais, seja nos mais importantes, estou sempre muito bem acompanhada e consciente de que posso contar com quem está ao meu redor.
Desta vez, não foi diferente.
É com muito orgulho, prazer e um sorriso na cara daqueles que fazem cócegas nas orelhas, que apresento a vocês o resultado do trabalho de uma grande equipe...

O PERIPÉCIAS NAS ENTRELINHAS VIROU LIVRO!

Sim, é isso mesmo.

LIVRO. Desses de papel. Desses que lemos com atenção e que nos fazem rir e chorar. Desses que damos de presente, que têm cheirinho de novo e uma capa bonita e simples que já antecipa o que será encontrado em cada página.

O Peripécias saiu do mundo virtual. Agora é real. Concreto.

É um sonho que acaba de ganhar textura de livro.

E, como já disse antes, a materialização desse sonho só foi possível com a ajuda de pessoas extremamente importantes.
Capa, contracapa, diagramação, revisão e prefácio foram feitos pelos meus irmãos. De sangue ou não. Gente de quem me orgulho muito e que vou levar sempre comigo.
Obrigada, André, Heitor e Tyler.
Acho que nunca vou ser grata o suficiente a vocês.

Agora você, leitor, já pode conferir o resultado desse belo trabalho em equipe.
Lá, você poderá conferir a capa, as primeiras páginas, as características da obra e compra-la pela internet. Para agradar a todos, o livro está disponível também na versão e-book.

Os textos foram selecionados com muito cuidado e carinho. Eles traduzem o que vejo em mim e no mundo à minha volta.
São páginas repletas.
Assim, repletas "ponto final".
Do que elas são repletas, cabe ao leitor descobrir.
Acesse, confira, comente, deixe seu pitaco aqui ou na página da editora, afinal, esse é um momento feliz demais para não ser compartilhado com os amigos.
Ainda mais com amigos tão especiais.
A todos vocês, muito, muitíssimo obrigada!