Gosto de me sentar em uma das primeiras fileiras e esperar, ansiosa, pela breve escuridão que fará com que eu me esqueça do mundo lá fora.
Gosto de chorar, ou rir, ou os dois, de sentir a emoção de cada movimento e palavra dita, de abrir minha cabeça e não duvidar de nada que vejo.
Gosto da coragem de quem se expõe.
Gosto de assistir, obviamente com os olhos, mas também com o nariz, os ouvidos e as mãos.
Gosto da proximidade com os atores, do silêncio entre a cena final e os aplausos, gosto de aplaudir de pé e, principalmente, de permanecer em silêncio após o espetáculo para que a leveza, a calma e o sorriso permaneçam também por mais tempo.
Gosto, enfim, de notar, quando as luzes se acendem e os aplausos se elevam e os atores sorriem e a plateia se emociona, que tudo é possível, e que a vida pode ser linda e simples, mesmo que apenas dentro das paredes do teatro.
E por tanto gostar dessa mágica, optei por inverter os papéis, por provar também o gostinho de estar no palco e sentir a plateia, pela chance de tentar fazer com que os outros se esqueçam do mundo e sintam que o que veem é verdade, mesmo que deixe de ser assim que as luzes se acenderem.
E é com muito orgulho que hoje, um ano depois de iniciar essa empreitada, posso dizer que espero sua ilustre presença na plateia do Teatro Escola Macunaíma, nos dias 10, 11 e 12 de dezembro, quando apresentaremos Vereda da Salvação, de Jorge Andrade.
É, acima de tudo, um convite à emoção, ao conhecimento de uma nova realidade, à mágica do teatro, e, mais especificamente, ao drama da pobreza, do fanatismo religioso e da busca pela salvação.
Reserve a data, a cadeira e prepare o coração.
O espetáculo já vai começar.
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